Devido a reputação abalada da RoboForex após a "Quinta-Feira de Caos" em 15.01.2015 nós recebemos muitas perguntas sobre as possibilidades jurídicas da RoboForex de cumprir as suas obrigações e defender os direitos dos clientes. Neste artigo queremos compartilhar os resultados de nossa investigação e falar sobre este esquema jurídico arquitetado pela RoboForex para que seus clientes e afiliados não sejam capazes de processar a empresa.
Em primeiro lugar vamos recordar o fato de que em 05.11.2014 RoboForex à força, sem pedir consentimento, transferiu todos os clientes registrados nos sites www.roboforex.com e www.roboforex.ru da empresa RoboForex LP registrada Nova Zelândia para a empresa RoboTrade Ltd que foi registrada as pressas em Belize. Em nosso artigo anterior "Começou o êxodo da RoboForex!" (https://www.anti-roboforex.com/ru/post/10) temos screenshots dos anúncios da empresa sobre esta "transferência" de clientes e a nossa análise dessas ações da empresa.
No momento temos os seguintes fatos sobre a estrutura jurídica da RoboForex:
- Como você pode ver nas imagens abaixo, os sites www.roboforex.ru e www.roboforex.com (bem como outros sites da empresa) pertencem a uma certa RoboForex LP, registrada na Nova Zelândia.
- Interessante é o fato de que esta empresa neozelandesa, proprietária dos sites, não é um corretor e não tem o direito de realizar a atividade de corretagem, porque não recebeu uma licença do regulador de Nova Zelândia Financial Market Authority of New Zealand. No site referido www.fma.govt.nz regulador Roboforex LP está na lista de corretores licenciados, mas isso não significa que a empresa tem direito de desenvolver atividade financeira. Acontece então que clientes e afiliados, ao se registrar deixam seus dados pessoais, passam pela verificação obrigatória em uma empresa e não em uma corretora! Desculpa, mas como uma empresa que não é corretora pode obrigar alguém a passar pela verificação obrigatória? E para onde seguem os dados pessoais dos clientes? Porque esta empresa não é um corretor e não tem responsabilidade pela segurança dos dados pessoais dos clientes!
- Ainda mais interessante é o fato de que, quando você se cadastra nos sites, o cliente está automaticamente fechando um contrato com a empresa RoboTrade Ltd. Este acordo de cliente está disponível após o registro no Gabinete Pessoal do Trader e Afiliado
- O mais surpreendente é que, apesar do fato de que o acordo do cliente é com uma empresa de corretagem RoboTrade Ltd, seus clientes fazem os depósitos para a Roboforex LP que não é uma empresa de corretagem. Você pode verificar isso, se você notar que todos os sistemas de pagamento Roboforex estão conectados para a neozelandesa Roboforex LP e não para RoboTrade Ltd com quem os clientes fecham diretamente o contrato!
Acontece que os clientes são registrados e realizam transações financeiras em sites de corretagem mas que não sob controle do corretor RoboTrade Ltd. Além disso, os clientes transferem dinheiro para uma organização que não tem direito nos termos da lei de participar na mediação, de verificar os clientes e aceitar pagamentos! Nesta situação, quando ocorre um conflito, o corretor RoboTrade Ltd pode sempre se referir ao fato de que não recebeu o dinheiro do cliente e legalmente não assume nenhuma responsabilidade pela segurança e o pagamento dos fundos!
Por que Roboforex a partir de 05/11/2014 de repente começou a trabalhar em tal regime? Em nossa opinião, este esquema é ideal para um único cenário: proteção jurídica do corretor e seus proprietários com os processos de insolvência total para com os clientes e afiliados.
Imediatamente após a "quinta-feira negra", fizemos um pedido formal ao sistema de pagamento PayOnline, que até recentemente intermediava todos os pagamentos em cartões para RoboForex sobre as causas do repentino término da cooperação com o corretor. A resposta da PayOnline reproduzimos abaixo:
Após tal resposta os nossos comentários aqui serão supérfluos, só podemos constatar que, como escrevemos em nossos artigos anteriores, RoboFX, não conseguiu lidar com os problemas financeiros durante o ano de 2014 e os eventos da "quinta-feira negra" em 15/01/2015 colocaram de uma vez a empresa à beira da falência.